sábado, 14 de novembro de 2015

Os Filhos de Zeus

Olá leitores, hoje trago mais um post sobre mitologia. Boa leitura.


Ilha de Ortígia
Zeus, pai de todos os deuses, era casado com a deusa do casamento, Hera, e os filhos de ambos eram o deus da guerra, Ares (Marte), e o deus ferreiro Hefesto (Vulcano). Para além destes, Zeus era pai de inúmeros filhos que, se a mãe fosse uma deusa, nasciam dela deuses e deusas. Apolo, o deus do sol, e Ártemis (Diana), a deusa da lua e da caça, eram filhos de Zeus e Leto. A deusa do casamento, espicaçada pelo seu ciúme, proibiu Leto de permanecer em qualquer lugar sólido sobre a terra quando chegou a hora de esta dar à luz. Unicamente, a ilha flutuante de Ortígia lhe deu abrigo e, como recompensa, foi fixada com pilhares de diamantes. Hermes (Mercúrio) era filho de Zeus e da deusa menor Maia. A donzela Perséfone (Proserpina) era filha de Zeus e de Deméter.

Deusa Atena 
A primeira mulher de Zeus foi a deusa da prudência sábia, a Titã Métis, filha de Oceano e de Tétis. Gaia profetizou que, tal como acontecera anteriormente ao seu pai ao avô, Zeus iria ser despojado pelo filho. A Mãe Terra disse também que Métis estava destinada a por no mundo primeiramente uma filha de espírito forte e seguidamente um filho que seria o novo rei dos deuses e dos homens. Zeus encontrou uma forma de evitar esta profecia. Este optou por uma solução parecida com a do seu pai: engoliu a grávida. Assim, a Titã só teve uma filha a qual cresceu dentro do corpo do pai até que este começou a ter dores insuportáveis de cabeça, a ponto de, segundo o mito, ordenar a Hefesto que pegasse num machado e lhe abrisse o cérebro. De dentro de Zeus, saiu uma deusa adulta, já equipada de com a armadura e pronta para a batalha, Atena (Minerva). Embora a deusa guerreira tenha nascido adulta, não estava interessada em desafiar o pai ou tentar salvar a mãe como acontecera com os seus antecessores. Quando o pai de todos os deuses engoliu a Titã Métis, incorporou a sabedoria e a prudência. Assim, Zeus pôs um fim às desavenças e ao ressentimento que tinham levado à destituição gerações anteriores. Atena era a filha favorita de Zeus e esta foi-lhe sempre leal. Era a deusa da habilidade e da astúcia, da inteligência e da ingenuidade. Com o nascimento de Atena, o ódio e o terror que dominava entre pais e filhos da família dos deuses do Olimpo terminou. 


Bibliografia:

Livro "Mitologia e lendas de todo o mundo".
Livro "Dicionário cultural da mitologia Greco-Romana".


Beijos,
-F




segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Entrevista a Catarina Pinto

Olá leitores.
Hoje trago uma entrevista feita à escritora Catarina Pinto. Já postei um poema desta autora no mês de Setembro intitulado de "Escuridão da Alma".
Agradeço desde já à Catarina por disponibilizar um pouco do seu tempo para responder à entrevista.




   Entrevista:


1 - Catarina, como foi e quando se deu o seu encontro com a arte?

A verdade é que começou bastante cedo, ainda mal sabia ler e perdi-me nos inúmeros livros que os meus pais tinham em casa. Já na escola era costume ir à biblioteca e escolher um livro para o "fim de semana"... Lia um pouco de tudo: poesia, histórias juvenis, romances... Esse hábito de leitura começou cedo e tem me acompanhado desde sempre.


2 - Quais as influências de infância e de adolescência que marcaram a sua vida, tanto como escritora, como uma mulher adulta?

Principalmente os meus pais, os livros e os poetas e/ou escritores que deixaram uma marca forte no nosso país, desde Florbela Espanca, Eça de Queiroz, Pessoa... Recordo perfeitamente de ir para a Biblioteca Municipal do Porto nos dias em que não tinha aulas de tarde (isto na adolescência).



3 - O "Idílio" foi um sonho completamente realizado? Se não foi, o que faltava?

Considero que o "Idílio" foi realizado, cada poema é de algum momento específico, mas que começou e por ali terminou... E logo de seguida, surge outro e é como um ciclo de vida...


4 - No "Idílio" um dos pontos que se toca, além do amor, da tristeza e do agradecimento, também se fala da terra maravilhosa que é o México. O que houve de tão especial no México para a fazer amar assim tanto essa terra?

É verdade, e falo porque o México faz parte de mim, costumo dizer que sou Mexicana de alma e cada vez mais acredito nisso. Existem lugares onde nós nos sentimos em casa e foi assim durante os mais de dois anos que lá estive. Foi um momento de encontro e de conciliação comigo mesma, foi o amadurecer que tanto ansiava. O México desde muito cedo passou a fazer parte da minha vida, desde os onze anos que tinha um fascínio e ainda tenho os meus primeiros livros do México que eram guias de viagem, mas para mim eram e são um dos meus tesouros, pois o que eu sonhei durante anos evoluiu para a realidade e a verdade.


5 - O México influenciou a sua maneira de escrever?

Completamente, lá senti algo único, a liberdade e o gosto por viver Tudo o que lá se passou de bom ou de mau, moldou a minha escrita totalmente. Passou a ser uma descoberta de novas palavras, de um novo idioma que iria deixar "lascas" na minha poesia.


6 - Que tipo de feedback o "Idílio" tem recebido?

Tem sido bastante bom o feedback dos leitores, têm acarinhado bastante, o que nos leva a sentir bem e quando se identificam com um ou mais poemas é deveras gratificante, conseguimos lá chegar, ao interior do leitor. Por diversas vezes disseram-me "é exatamente o que eu sinto, mas não sei dizer, não sei escrever..."


7 - Fale um pouco sobre si, quem é a Catarina Pinto?

Catarina Pinto é uma pessoa completamente normal, com uma longa história de vida como todos. Que não desiste dos seus sonhos. Há sempre um caminho para seguir... Hoje em dia sou uma pessoa apaixonada pela vida e por quem me rodeia.


8 - Para quem escreve?

Para mim, para o meu México, para quem amo, para quem me possa ter ferido, para algum instante que me marcou, para os leitores, para a imaginação... A escrita é na verdade, um jogo poético...


9 - Se pudesse escolher um animal, que tipo de animal escolheria?  E porquê?

Outra vez o México está presente, se pudesse escolher seria um quetzal, um pássaro que predomina na América Central e porque está associado de uma certa forma a uma divindade das culturas mesoamericanas como toltecas e astecas, Quetzalcoalt, ou seja, a serpente emplumada.



10 - Qual é o seu maior sonho? E o maior medo?

O meu maior sonho já o realizei, sobreviver diariamente e ter encontrado a paz e a felicidade. O maior medo é um dia perder o que consegui.


11 - Tem algum arrependimento?

Não. O que fiz de mal está feito e não há maneira de mudar. Se mudasse, com toda a certeza não estaria onde estou nos dias de hoje. E não é o que quero.


12 - Há algum projeto em vista?

No computador imensas ideias já escritas ou alinhavadas como pequenos livros de poesia, cada um com uns trinta poemas, um romance, um livro de contos e outro sobre o México... E espero num breve período de tempo ter o prazer de publicar.



13 - Que conselho daria a jovens escritores?

Jamais desistam de um sonho, pareça ele uma utopia ou algo estranho... É preciso saber esperar, porque no momento certo sucede. Continuem sempre a escrever, sejam persistentes, aceitem as críticas mas sejam vocês mesmos, não mudem para parecer bem... Quantas vezes ai está a diferença e o sucesso.




Autobiografia: 

Nasci em 1981 na freguesia de Fânzeres, Gondomar. Hoje resido em Amarante.
Tive a oportunidade de viajar e inclusive vivi dois anos no México (país da minha alma, que me marcou muito como pessoa e mesmo na forma de escrever.)
Tenho o 12.º ano de Comunicação e Difusão mais um curso de Animadora Sociocultural. Trabalhei como secretária, em organização de festas e em Creche.
Escrevo desde os 13 anos, a escrita é uma forma de refúgio. Ajuda-me a ser uma pessoa diferente. Durante o tempo que estive no México escrevi sob o nome de Nina, de regresso a Portugal optei pelo meu nome mas a escrita tornou-se diferente... Talvez como eu...
Os primeiros textos que escrevi são como uma Antologia... Passam de 2000. Agora comecei a escrever como livro "As histórias que os livros não contam", "Teus Olhos Liláses", "O que resta de mim", "Saudade do Ontem, "A magia das palavras", "Desfolhando pétalas", "Pecado vermelho" e "Cempoalxóchilt"; têm cerca de 20 poemas cada um e não estão publicados.
"Idílio" é o primeiro livro que publico. Participei na Antologia Solar de Poetas I e Mar-à-Tona da editora Modocromia; Poesia Sem Gavetas III  da Pastelaria Studios e por fim Lugares e Palavras do Porto da Lugar da Palavra Editora, todos em 2014.



Beijos,
-F

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Não Digas Nada! de Fernando Pessoa

Olá leitores. Trago mais um poema esta noite. Boa leitura.



Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
 
Fernando Pessoa, in "Cancioneiros".
 
 
Beijos,
-F

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A Guerra com os Titãs e outras Dificuldades

Olá leitores, hoje trago mais um pouco de mitologia.
Espero que gostem.
 


    Alguns à partes para ajudar a entender melhor o texto:
 
 
Zeus.
 
-Zeus enquanto filho: No último post de mitologia explicava que Zeus era o filho mais novo e que todos os seus irmãos tinham sido engolidos por Crono, o seu pai. Crono era medroso e, por isso, engolia os seus filhos mal eles nasciam. Quando Zeus derrotou o seu pai, todos os seus irmãos voltaram a nascer do estômago de Crono. É por isso que o deus dos deuses é considerado como sendo, simultaneamente, o mais novo e o mais velho dos filhos de Reia e Crono.   
 
 

   Antes de qualquer problema da raça humana ter começado, Zeus teve de negociar com os seus irmãos. Casou com a irmã Hera, deu o domínio do fogo do lar a Héstia e atribuiu a Deméter a responsabilidade das cearas e da fertilidade do mundo. Zeus dividiu o reino do universo entre si, Posídon e Hades. Posídon ficou com o dominio dos oceanos. Zeus tornou-se o deus dos deuses. A Hades foi atribuído o subsolo, contudo, este não ficou satisfeito com a sua parte e, por isso, este aparece tão pouco nos mitos gregos. O deus do subsolo mantinha-se, nomalmente, afastado dos outros deuses que, por sua vez, não estavam interessados em visitar o reino de Hades.


Hades e o seu cão monstruoso Cérbero.



Pormenor de Zeus lançandos os seus Raios.
   Apenas quatro dos filhos de Gaia aceitaram Zeus como deus dos deuses. Os restantes entraram em guerra com os deuses do Olimpo e tudo indicava que iam ganhar exclusivamente pelo número. Zeus lembrou-se dos Gigantes de Cem Mãos e dos Ciclopes que continuavam aprisionados em Tártaro. Ofereceu-lhes a liberdade com a condição de os Gigantes lutarem ao lado dos deuses e dos Ciclopes forjarem uma arma a que nenhum deus, nenhum Titã e nenhum monstro pudesse resistir. Zeus não tardou a ter a sua arma pronta - os raios. Contudo, mesmo com esta ajuda, passaram dez anos até a guerra chegar ao fim e os inimigos do deus dos deuses serem aprisionados em Tártaro.


   A guerra contra os Titãs tinha terminado, mas Gaia estava zangada com Zeus por se ter apossado do poder dos outros filhos, pelo que gerou mais dois filhos, Tífon e Encélado - Gigantes de Mil Cabeças-, estes podiam respirar fogo e empilhar montanhas. Os deuses do Olimpo ficaram aterrados com estes monstros e lançaram-se em fuga para o Egipto, disfarçados de animais. Hades, para escapar à atenção de Tífon, cobiu-se com um elmo da invisibilidade feito exclusivamente para ele pelos Ciclopes. O gigante Tífon apanhou Dionísio (Baco) de surpresa nas margens do Nilo e o deus saltou para o rio, transformando-se de imediato numa criatura cujo corpo era parte cabra e outra peixe, a constelação capricórnio comemora este acontecimento. Afrodite e Eros disfarçaram-se de peixes, este acontecimento também é comemorado com uma constelação - esta pela constelação Peixes. Zeus, Pai de todos os deuses, disfarçou-se de carneiro. Este último foi o único que arranjou coragem para voltar e combater cada um dos gigantes com a sua nova arma, os raios. Quando os gigantes foram derrotados, Encélado continuou a respirar fogo, estremecendo na sua prisão sob o Monte Etna, o que faz com que este seja um vulcão ativo.  Sempre que este tenta libertar-se, a terra agita-se e cada vez que respira fogo a lava é lançada ao ar.


Curiosidade:

Gaia, a deusa da Terra.
-A Hipótese de Gaia: A ideia de que a Terra é uma deusa viva há muito que é rejeitada pela ciência e não teve qualquer interesse na evolução das ciências naturais. Porém, em 1979, James Lovelock publicou Gaia: Uma Nova Visão da Vida na Terra, um livro no qual demonstra algo parecido com a ideia de uma deusa natural da Terra. Por exemplo, ele avança com a hipótese de Gaia, segundo a qual tudo o que vive no planeta pode ser entendido como um organismo. Tal como os seres humanos regulam a temperatura do corpo, assim o planeta Terra parece regular a sua temperatura no valor adequado para que a vida continue a existir. A hipótese de Gaia fala de um planeta cuja superfície é propícia à vida tal como a deusa grega Gaia, a mãe e a protetora de toda a vida. 

 
 

 
Bibliografia:

Livro "Mitologia e lendas de todo o mundo".
Livro "Dicionário cultural da mitologia Greco-Romana".
 
 
 
Beijos,
-F

domingo, 30 de agosto de 2015

Escuridão da alma

Olá caros leitores, hoje trago-vos um poema de uma autora portuguesa chamada Catarina Dinis. Espero que gostem.



Já te sentaste na velha cadeira que é o mundo
E refletiste sobre a escuridão da alma?
Então senta e entrega-te à reflexão
Pensa no que és e o teu significado
Encontrarás tanta escuridão
Sem sentido
Lapsos de pensamentos
Palavras que ficaram esgotadas com o uso
Sentimentos desgastados
Deita tudo fora... liberta-te de ti
Liberta-te da alma
Deixa que a luz da vida entre em teu ser
Para encontrares a liberdade


Catarina Dinis, in "Idílio"
 
 
Beijos,
-F

segunda-feira, 8 de junho de 2015

A Um Moribundo

Olá caros leitores, só um poema para tirar um pouco de saudades :)

Não tenhas medo, não! Tranquilamente,
Como adormece a noite pelo Outono,
Fecha os teus olhos, simples, docemente,
Como, à tarde, uma pomba que tem sono...

 
A cabeça reclina levemente
E os braços deixa-os ir ao abandono,
Como tombam, arfando, ao sol poente,
As asas de uma pomba que tem sono...

 
O que há depois? Depois?... O azul dos céus?
Um outro mundo? O eterno nada? Deus?
Um abismo? Um castigo? Uma guarida?

 
Que importa? Que te importa, ó moribundo?
 -Seja o que for, será melhor que o mundo!
Tudo será melhor do que esta vida!...


Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"


Beijos,
-F

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Um desabafo...

ola!!
Peço imensa desculpa por andar desaparecida mas nao tenho tempo para nada ultimamente alem disso também ando mesmo sem inspiração nenhuma para os contos....
Isto é apenas uma reflexão um bocadinho (muito :p) negativa mas espero que comentem concordem ou discordem de mim...
E por favor nao desistam de mim... :)


Serias capaz de perdoar uma traição?
Não?
Então se calhar devias tentar aprender...
Infelizmente, hoje em dia, as pessoas parecem não saber o que é ser se leal a alguém... Elas traem-se umas as outras como se isso não houvesse qualquer tipo de consequência ou como se isso não magoasse ninguém… E não estou só a falar dos casos das relações amorosas. Mas sim, claro que considero essas as piores, além de seres traído a nível emocional és também traído fisicamente. Também considero este o tipo mais estupido de traição, quer dizer se queres fazer sexo com qualquer um/uma não será muito mais fácil não estares numa relação?
Só recentemente comecei a ter noção do quão mal vão as relações… ou se calhar eu é que tenho uma ideia demasiado fantasiosa delas. Agora quando vejo como os meus amigos enfrentam os relacionamentos amorosos sinto-me sinceramente, desiludida…
Na minha mente para que haja algo bonito entre duas pessoas e preciso honestidade, confiança, carinho e até uma certa quantidade de dependência (deves estar a perguntar-te se eu estou bem da cabeça para querem dar um poder sobre mim tão grande a outra pessoa, bom, não te preocupes, infelizmente, já percebi que isso seria como dar uma faca a um assassino).
Agora que finalmente comecei a perceber como anda o Mundo não acredito que serei capaz de algum dia ter uma verdadeira relação amorosa com alguém. Como posso confiar em alguém se não vejo senão traição a minha volta? Como posso confiar em alguém parte da minha felicidade se só vejo gente infeliz por ter confiado?
Sinceramente, desisto… Prefiro ficar sozinha a enfrentar esse tipo de dor… E podem chamar me covarde, eu não me importo… A verdade é que apenas estou demasiado desiludida com a falta de lealdade de todos os que me rodeiam…

                                                             - De alguém desiludido


Comentem... :)

- Katra

segunda-feira, 23 de março de 2015

Hush, hush de Becca Fitzpatrick


Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 320
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04549-2
Sinopse:

 UM JURAMENTO SAGRADO
UM ANJO CAÍDO
UM AMOR PROIBIDO

Apaixonar-se não fazia parte dos planos de Nora Grey. Nunca se sentira atraída por nenhum dos rapazes da sua escola, apesar da insistência de Vee, a sua melhor amiga.
Então, aparece Patch. Com um sorriso fácil e uns olhos que mais parecem trespassar-lhe a alma, Patch seduz Nora, deixando-a completamente indefesa.
Mas, após uma série de encontros assustadores com Patch, que parece estar sempre onde ela está, Nora não consegue decidir se há de cair-lhe nos braços ou fugir sem deixar rasto.
Em busca de respostas para o momento mais confuso da sua vida, Nora dá consigo no centro de uma antiga batalha entre imortais. E quando é chegada a altura de escolher um rumo, a opção errada poderá custar-lhe a vida.


Críticas de imprensa:

"A mais recente sensação do romance paranormal."
Best-seller no New York Times


"Adeus, dentes; olá, asas?"
Publishers Weekly


"Uma estreia impressionante."
Kirkus Reviews


"Os adeptos do terror e do romance que temem o lobisomem (e o vampiro) que espreita apreciarão esta nova viagem ao coração das trevas."
Booklist


Opinião:

Hush, hush é uma saga que engloba quatro fantásticos livros, nomeadamente o próprio hush, hush, crescendo, silêncio e final.
Esta saga relata-nos uma história entre uma adolescente de dezasseis anos – Nora Grey – e um anjo caído – Patch Cipriano.
Nora é uma rapariga inteligente que não reconhece os seus atributos físicos, com exceção das suas longas pernas. Numa primeira impressão podemos achar que esta jovem é um pouco “pãozinho sem sal” mas, ao longo de toda a obra, percebemos que não é nada disso pois a rapariga mostra um humor sarcástico que é fruto da sua inteligência. O anjo demonstra que percebe isso, dizendo que, em plena aula de biologia para décimo ano, as caraterísticas que procura numa potencial parceira são, e passo a citar, “Inteligente. Atraente. Vulnerável.” Nora, por obrigação, fica presa a Patch num trabalho para esta mesma aula. E, assim, começa a intriga que a jovem sente pelo anjo.
Patch é um novo aluno na escola de Nora, onde este vira a vida da rapariga de cabeça para baixo com a sua astúcia e arrogância. Patch também é decidido e persistente no que quer. O anjo entra na escola com o objetivo de convencer a jovem a sacrificar-se por ele, para se tornar humano pois anjos caídos não podem sentir contacto físico. Com a aproximação, o par apaixona-se. Patch deixa de perseguir Nora e percebe que mais alguém anda atrás dela e, por isso, começa a protegê-la.
Em suma, a saga tem um enredo excelente pois Becca Fitzpatrick, a autora, criou situações-chave e personagens inteligentes, sendo que estes não se limitam só a existir, por exemplo, a Vee Sky, melhor amiga de Nora, traz uma pitada de humor e de maluquice para toda a história.

Beijos,
-F

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Como Zeus destronou o Pai

Olá leitores :)
Hoje trago mais um pouquinho de mitologia Greco-Romana :D

Alguns à partes para ajudar a entender melhor o texto:

 -Campos de Eliseu: é o local onde os mortos afortunados, aqueles que agradaram aos deuses, gozam a mais feliz das existências.

-Amalteia: na mitologia, Amalteia foi a ninfa que possuiu a cabra Aix que cedeu o leite ao recém-nascido Zeus. Em uma variante da mitologia, a cabra é quem se chamava Amalteia, ou ainda, é que Amalteia é uma deusa teriomórfica (adoração a animais), possuindo chifres.





 

Reia e Crono
Crono era medroso como o seu pai, Úrano, e com maior razão. A mãe de Crono, Gaia, profetizou que um dos filhos dele haveriam de crescer para o destruir, ou talvez estas palavras tenham sido uma maldição saída da boca do pai mutilado. Crono e Reia tiveram seis filhos, três homens e três mulheres: Posídon (Neptuno), Hades (Pluto), Zeus (Júpiter), Héstia (Vesta), Hera (Juno) e Deméter (Ceres). Quando um dos filhos nascia, Crono engolia-o inteiro e ele permanecia no estômago, desamparado. Reia estava determinada a fazer com que Crono parasse de comer os seus filhos, mas esta tinha medo da enorme força do marido. Reia tinha de o destronar não pela força mas sim pela astúcia.


Amamentação de Zeus pela cabra Amalteia, de Nicolas Poussin
   Quando estava prestes a dar à luz o filho mais novo, Zeus, escondeu uma grande pedra dentro da cama e, quando Crono exigiu o recém-nascido, Reia entregou-lhe a pedra em seu lugar. Crono não se apercebeu do embuste, deve ter engolido a pedra de uma só vez. A mãe escondeu a criança numa gruta. A cabra Amalteia alimentou-o com o seu leite e as abelhas forneceram-lhe mel. Reia pediu às divindades inferiores, as Curetes, para protegerem a criança e, quando Zeus chorava, elas faziam tal barulheira com as espadas e com os escudos, que Crono não ouvia o choro do bebé.
  


Quatro Idades da Vida, de Pietro de Cortuna

  Logo que ele cresceu e teve força suficiente, forçou o pai a vomitar todos os bebés que tinha engolido e, seguidamente, atirou-o de novo para Tártaro. Alguns mitos defendem que Crono não estava aprisionado no Tártaro e que vivia no Eliseu. O procedimento dele para com os filhos não terá sido do agrado da geração seguinte de deuses, mas, apesar de Crono ter sido o pior dos pais, foi um generoso governante da humanidade. A época de Crono é chamada a Idade do Ouro, a era em que a terra produzia alimentos sem haver necessidade de trabalho, os homens não sabiam o que era o assassínio e viviam em paz uns com os outros. Logo que Zeus destronou o pai, iniciou-se a Idade da Prata e começou a haver as estações do ano. Seguiu-se a Idade do Bronze, uma era de guerra. Por fim, a Idade do Ferro, uma época de trabalho árduo e de injustiça, de crime e castigo. Atualmente, a humanidade continua a atravessar esta era.








Astreia e a sua balança
 
   -Curiosidade:
  A mais recente época do mundo, cheia de problemas e males, é chamada de Idade do Ferro, mas talvez fosse melhor chamá-la de Segunda Idade do Ouro, visto que muitas desgraças começaram quando o ouro tentou a humanidade pela primeira vez. Através das Idades do Ouro, da Prata e do Bronze, Astreia, a deusa da justiça, permaneceu na Terra, mas quando a idade do Ferro começou, ela concluiu que não poderia permanecer aqui por mais tempo. Agora ela brilha nos céus na forma da constelação Virgem. Astreia, em tempos, transportava um par de balanças com as quais ela pesava o certo e o errado. Hoje, as balanças de Astreia brilham perto dela, na forma de constelação Balança.

 
 
 
Bibliografia:
 
Livro "Mitologia: mitos e lendas de todo o mundo"
Livro "Dicionário de Mitologia Grega e Romana" de .
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amalteia
http://mitologiagreganaweb.blogspot.pt/
http://pt.wahooart.com/@@/8XYS8P-Pietro-Da-Cortona-A-Idade-do-Cobre



Beijos,
-F

 


 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Entrevista a Susana Almeida

Olá caros leitores :)
É a primeira vez que faço algo deste género, tanto como para o blog como pessoalmente.
Antes de lerem a entrevista, quero expressar a minha gratidão à Susana pela sua disponibilidade ;)

Entrevista:

1 -  “Renascer das Chamas” é um romance atípico. Que tipo de história poderemos encontrar?
Poderemos encontrar um romance inserido no género drama, onde o leitor será confrontado com a malícia humana. Ao longo das suas páginas são vários os temas abordados: sofrimento, físico e psicológico, crueldade, violação e desprezo pela vida humana. Mas não só, também encontrarão: amor, amizade, altruísmo e esperança.



2 – Como é que caraterizas as três principais personagens (Cecília, Laerte e Mauro)?
Cecília mostra-se inicialmente uma jovem frágil, amedrontada e submissa, mas que ao mesmo tempo possuí uma réstia da coragem que a leva a pedir ajuda. Ao longo do livro poderemos acompanhar as mudanças progressivas na sua personalidade. Cecília acaba por se tornar numa rapariga corajosa, forte e até destemida.


Laerte é um rapaz corajoso, de bom coração e altruísta que não hesita em ajudar os mais fracos, mesmo que para o fazer coloque a sua vida em risco.

Mauro é um homem amargo, frio e cruel. Alguém que demonstra em várias situações não ser capaz de sentir qualquer tipo de piedade e que despreza a vida humana. É ainda um homem violento que sente prazer em torturar as suas vítimas física e psicologicamente.  


3 – O que fez com que escrevesses esta obra? Como surgiu?

 O “Renascer das Chamas” surgiu através de um contacto do Editor da Letras com Asas que me deu a possibilidade e me desafiou a escrever uma história diferente das que habitualmente escrevo.
 


4 – Fala-nos um pouco sobre ti, quem é a Susana?

 A Susana é uma rapariga simpática e muito faladora que adora ler e principalmente escrever. Não vive sem música e tem nela a sua principal companheira de escrita. Gosta de passear na praia e tem o estranho hábito de o fazer em todas as estações do ano menos no Verão porque não gosta de multidões. É fã de fotografia e tem nos gatos os seus animais de estimação preferidos embora tenha descoberto que as tartarugas são animais de estimação muito interessantes.  

 

5 – Para quem escreves?

 Essa é uma pergunta complicada. Inicialmente escrevia para mim, escrevia o que eu gostava de encontrar num livro e não encontrava. Hoje em dia escrevo para mim e para os leitores e tento conjugar ambos contando histórias que tanto eu, como os leitores, poderemos gostar.

 

 6 – Porquê a escolha deste tema?

 Há muito tempo que escrevo romances, na verdade comecei por escrever romance/aventura e só anos mais tarde comecei a ser atraída pela fantasia. Os leitores, no geral, desconhecem-no e perguntam-me porque mudei de fantasia (depois de ter publicado a trilogia Estrela de Nariën) para romance. Não foi uma mudança, mas um regresso a um género que ficou guardado na gaveta por algum tempo.
Escolhi este tema porque existia uma ideia a fervilhar dentro de mim e achei que chegara a hora de arriscar.

 

7- Como é que te sentes ao ver uma obra tua publicada, apesar de não ser a primeira?

Tenho um carinho especial por todas as minhas obras, e sempre que uma delas é publicada sinto uma imensa alegria. É muito bom saber que outras pessoas vão ter a possibilidade de ler o teu trabalho e conhecer o mundo e as personagens que criaste.

 

8 – Porque começaste a escrever?  

 Pode parecer uma razão egoísta, mas comecei a escrever porque não encontrava nos livros que lia o que gostava. Faltava sempre qualquer coisa e um dia, por mera brincadeira, comecei a criar uma história que até foi escrita na velha máquina de escrever do meu pai. Depois nunca mais parei, sempre fui uma pessoa bastante imaginativa e quanto mais escrevia mais vontade de o fazer surgia e mais histórias nasciam na minha cabeça à espera de serem passadas para o papel.



9 – Que tipo de feedback tens tido?

 Tenho tido um feedback excelente, fantástico mesmo! Confesso que tem superado de longe as minhas melhores espectativas. Pelo que só tenho de agradecer a todos os leitores que já leram o “Renascer das Chamas” e me deram a sua opinião. 

 

10 – Neste momento, tens algum projeto em vista?

 Neste momento o meu projeto passa por terminar de reescrever um outro romance.



11 – Que conselho tens para dar a jovens escritores?

 O conselho que lhes posso dar é que escrevam muito e leiam mais. Não tenham pressa em publicar um livro, amadureçam a vossa escrita e a vossa forma de contar uma história e isso consegue-se através de muito trabalho e perseverança.  







Beijos,
-F

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Renascer das Chamas de Susana Almeida


Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 100
Editora: Letras com Asas
ISBN: 978-989-99275-1-3

Sinopse: É na Festa da Colheita que os caminhos de Cecília e Laerte se cruzam pela primeira vez. Ao contrário de todas as outras raparigas, Cecília não exibe um vestido bonito, ou prende os cabelos num penteado elegante.

Escondida no escuro de um beco, ela observa a festa como uma criança deslumbrada. Mas Cecília não está só, um homem mais velho acompanha-a. 

Curioso com o motivo que fez Cecília pedir-lhe ajuda no final da festa, Laerte procura informações sobre o homem que a acompanhava. Informações que acabarão por lhe revelar um segredo que mudará a sua vida. 

Perseguidos, Laerte e Cecília lutam para sobreviver, enfrentando os perigos que surgem no seu caminho. Conseguirão eles chegar sãos e salvos ao seu destino?
Opinião sobre o livro:

Não estava nada à espera do que este livro relata. Estava à espera de um romance “água com açúcar”. Nunca imaginei a bela histórica que me esperava.
Sim, é um romance, mas não um muito normal. No início, vemos um homem jovem, atraente e bondoso (Laerte). Por outro lado, temos uma Cecília tímida e amedrontada mas, ao mesmo tempo, corajosa o suficiente para tentar escapar.
Cecília é uma escrava tanto sexual como doméstica. Esta jovem adolescente é uma cativa de um tirano violento e sem piedade nem senso comum, conhecido pela alcunha “O Viúvo”.
A partir do momento em que a jovem é resgatada por Laerte, ela torna-se numa rapariga um pouco destemida e feroz.
Laerte e Cecília acabam por se apaixonarem lentamente, até se poderá dizer, sem mesmo saberem. Acabam por estabelecer uma excelente relação de amizade e amor, onde um sente a necessidade de proteger o outro.
Esta obra toca na malícia humana e no quanto um ser humano pode ser repugnante e egocêntrico. Contudo, temos Laerte que, após o pedido desesperado de Cecília, percorre um longo itinerário para tentar descobrir o que se passa e o porquê daquele pedido.
A escrita de Susana Almeida é intrigante, fluída e de fácil compreensão.
Em suma, “Renascer das Chamas” é uma mistura de mirabolantes reviravoltas, onde só resta uma pergunta: há continuação?
Quem quiser comprar o livro pode encomendar por aqui.
Beijos,
-F

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

VERSOS DE ORGULHO

Olá caros leitores aqui vai mais um poema para matar saudades e descontrair :)


 

O mundo quer-me mal porque ninguém
Tem asas como eu tenho! Porque Deus
Me fez nascer Princesa entre plebeus
Numa torre de orgulho e de desdém!

Porque o meu Reino fica para Além!
Porque trago no olhar os vastos céus,
E os oiros e os clarões são todos meus!
Porque Eu sou Eu e porque Eu sou Alguém!

O mundo! O que é o mundo, ó meu amor?!
O jardim dos meus versos todo em flor,
A seara dos teus beijos, pão bendito,

Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços...
São os teus braços dentro dos meus braços:
Via Láctea fechando o Infinito!... 

Florbela Espanca, em "Charneca em Flor"
 
 
-F

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